Publicado em: 11/06/2020
A celebração de
Corpus Christi nos aproxima do mistério da presença do próprio Jesus. Ele que
na última ceia oferecendo seu corpo e derramando seu sangue garantiu que esse
seria um modo de permanecer entre nós. Presente entre nós de corpo, sangue,
alma e divindade. Ele é o nosso alimento espiritual.
No século XIII o
Papa Urbano IV instituiu esta festa, pensando em um dia de adoração e
celebração onde se reconhece a presença de Jesus. Todas as quintas-feiras,
depois da oitava de Pentecostes, a Igreja celebra esta festa.
Aqui em
Aparecida, como em outras muitas cidades, têm-se o costume de enfeitar as ruas
com um tapete muito bonito e colorido para a procissão. Algumas pessoas também
enfeitam a frente de suas casas com bonitos panos e flores em homenagem ao
Santíssimo Sacramento.
Maria
nossa mãe santíssima tem também forte ligação com a Eucaristia. O Papa João Paulo II
escreveu o documento Ecclesia
de Eucharistia falando dessa ligação. Há um nexo profundo
entre Maria Santíssima e a Eucaristia; o próprio Papa João Paulo II afirma que
Ela foi o primeiro sacrário do mundo, por essa razão, Ela em tudo tem a ver com
Jesus Eucarístico. A primeira coisa que o saudoso Pontífice nos recorda é que
Maria não estava presente no momento da instituição da Eucaristia, na Santa
Ceia, pois não era o papel dela estar lá, mas através de sua intercessão,
realizou-se o milagre da transubstanciação pelo poder do Espírito Santo.
Uma
das nossas maiores ingratidões para com Jesus é o abandono em que o deixamos em
muitos dos nossos sacrários. A Igreja o chama de “prisioneiro
dos sacrários”. Como podemos? Jesus eucarístico é o “amor dos amores”. Ele faz
continuamente este milagre para poder cumprir a sua promessa:
“Eis que
estarei convosco todos os dias até o fim do mundo” (Mt 20,20).
Do sacrário Ele nos chama
continuamente: “Vinde a mim vós todos que estais cansados e Eu vos aliviarei”
(Mt 11,28).
Ali Ele
está, como no Céu, com os braços abertos e as mãos repletas de graças para
aqueles que forem buscá-las com o coração aberto.
São João Bosco dizia: “Quereis que o Senhor
vos dê muitas graças? Visitai-o muitas vezes. Quereis que Ele vos dê poucas
graças? Visitai-o raramente. Quereis que o demônio vos assalte? Visitai
raramente a Jesus Sacramentado. Quereis que o demônio fuja de vós? Visitai a
Jesus muitas vezes. Não omitais nunca a visita ao Santíssimo Sacramento, ainda
que seja muito breve, mas contanto que seja constante”.
Nesse
tempo de pandemia, onde não podemos visitar constantemente o sacrário, podemos
fazer nossa comunhão espiritual seguindo o exemplo de oração de um santo muito
devoto da Sagrada Eucaristia, que foi Santo
Afonso Maria de Ligório:
Oração
para a comunhão espiritual de Santo Afonso Maria de Ligório:
"Meu Jesus, creio que estás realmente presente no
Santíssimo Sacramento.
Eu te amo sobre todas as coisas e desejo receber-te
em minha alma.
Já que não posso te receber sacramentalmente,
vem ao menos espiritualmente ao meu coração.
Senhor, uno-me todo a ti, como se já lhe tivesse
recebido.
Não permita que jamais eu me separe de ti. Amém".
Por: Tânia Esbano, Pascom